Depois de descumprir dois ‘deadlines’ impostos pelo sócio majoritário do blog (menino Gari) para eu postar algo além dos meus 2 posts, vim falar besteira também, rapaziada. Oba! Para a tristeza do chefe Gari, não vou tratar de assuntos polêmicos que causem discussões homéricas, brigas, rixas entre blogs... pra isso a gente tem o chefe, o menino tem um discurso afiado!
Vou continuar minha linha ZEN de posts, como os anteriores. Viva a diversidade! Quero falar dessa vez sobre algo que adoro, bem zen...TEORIA ESTATÍSTICA. Oba, debate estatístico!
Queria fazer neste post uma pequena revisão sobre algo que muito economista ‘pulou’ na graduação: neguim dormiu na hora da matéria, ou matou aula, ou ficou até tarde da noite fazendo tipo o 8º relatório de econometria no dia anterior e não tinha o menor saco pra prestar atenção, ou a aula era numa quarta-feira pós terça fatídica.... (eu era o neguim que odiava estatística na época) enfim, sei que muito economista não deve lembrar necas de PROBIT, mas estatística tá em alta hoje, todo mundo tá usando, é bom relembrar!
Pra macacada que não é economista, estatístico ou qualquer ser estranho afim, o PROBIT parte do seguinte princípio: vários acontecimentos independentes entre si influenciam na probabilidade de ocorrer determinado fato. Vou usar um exemplo hipotético envolvendo nosso amigo Bela pra ilustrar o caso: ‘o fato do bela ser meio desligado’, junto ‘da vontade alta de chegar em casa logo ao sair de uma aula de econometria’, combinado com ‘uma oferta recebida de carona para a casa dele’ resultam numa ‘elevadíssima chance de ele esquecer que veio de carro para a faculdade e aceitar a carona’ (Ah, e lembrar-se do carro depois de chegar em casa)... Sacaram?! Todos esses fatores contribuem pra chance de ficar só o carro dele no estacionamento da Fafich às 23h (bem parecido com aquele jogo, resta um). Pois bem, no PROBIT a idéia é essa, só que lá você coloca números para representar todos os acontecimentos (mania de economista neoclássico!) e esse modelinho estatístico te dá quanto cada acontecimento contribui na chance de certo fato se consumar.
Meio confuso?! Bom... acho que quem já carregou o pesado do livro do Wooldridge lembrou algumas coisas. Aquele livro com um título ingrato, ‘Introdução à Econometria’ ... poxa vida! Livro tem 684 páginas e tem INTRODUÇÃO no título?! Enquanto isso, semana passada fui a uma livraria do centro e havia um livro chamado ‘Tudo sobre administração’, 232 páginas... que jóia!
Bom, desabafos à parte, vamos à parte prática. Se não tem aplicação prática, pra que serve a teoria? (pergunta também cabe aos neoclássicos radicais, como o Gontijão, que vivem num mundo ao lado do mundo dos comunistas de boteco). Vejo muitíssima aplicação prática em experiências próprias, nas quais a combinação de eventos resultava em elevadíssima probabilidade de.....errr...digamos ‘Merda!’
Abraço com pulo + Aniversário 80 anos + Vó + Estalo na coluna = 83%
Fim de festa + Virar cerveja no bico + Continuar a beber no LaGreppia = 75%
Bicicleta + Curva + Areia = 100%
Garrafa de vinho + Uirá capetinha + Jogos de futebol americano recentemente assistidos = 100%
Insolação + Fanta Uva pra coleguinha + Boate Aobra (antes do ar condicionado) = 100%
Monografia + 4 páginas de referências bibliográficas não-formatadas + último dia de entrega = 79%
Cerveja + Virar Vodka da coleguinha + Dança do quadrado recentemente assistida = 100%
Irmã + Tio + Artigo aprovado + Abraço com pulo = 65%
Poker + Montilla + última refeição às 14h = 100%
Pessoas recém terminadas de namoro = 97,8%
Cantil de cachaça + festas em SP = 91%
Amiga desorientada + Festa + encontrar amigos dessa amiga = 88%
Postar sobre probit = 80%
Estatísticas previsíveis, PROBIT mental simples. Era só dizer não.
Acha que isso tudo é merda demais pra uma vida só? A mão na sua cara!
PS: me inspirei nas idéias da minha querida amiga Mari Vasconcellos, aquela, sabe?