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Uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) está sendo proposta para que a jornada de trabalho seja reduzida. O argumento é de que isso geraria mais empregos, porque para manter o nível de produção a “burguesia” teria que contratar mais indivíduos, e com isso o número de desempregados diminuiria.
“Uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), a ser votada no Congresso, prevê a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, sem que os salários sejam reduzidos, e também o aumento no valor da hora extra de trabalho dos atuais 50% para 75%.” (Portal Terra*, 13/04/2010)
Mas a obsessão dos comunistas de buteco no legislativo e nos sindicatos não deixa que eles vejam que isso é tiro no pé. E pior, no pé de todos nós.
O argumento deles poderia ser verdade, se não fosse um pequeno detalhe, mínimo, chamado CLT. Contratar duas pessoas para trabalhar 4 horas não é a mesma coisa que contratar uma para trabalhar 8, pois há encargos trabalhistas e o salário/hora pago dobraria. O custo de produção aumentaria muito. Para um país que quer crescer muito parece estranho que se queira trabalhar menos.
Além disso, o comunista de buteco que está propondo isso se esqueceu de que o maior problema é a qualificação da mão-de-obra, ainda que se desse estímulo a contratação, não haveria como ocupar os postos sem mão-de-obra qualificada. Mesmo hoje a indústria carece de mão-de-obra.
E caso seja aprovada, isso só ira reforçar o movimento de empresas migrando para a China (http://bit.ly/czX64N), e talvez os metalúrgicos de SP (http://bit.ly/aUlFRO) depois comecem a chorar quando a VW fechar a unidade daqui e começar a produzir só lá. (E olha que estamos falando de um país governado por comunistas. Mas talvez os de lá sejam de verdade, e não de buteco como os daqui, e saibam como gerar empregos.)
É a favor da PEC? Gosta da CLT? Não gostou do post? A mão na sua cara!
*Calma, não estou usando esse famigerado meio de comunicação para basear meus argumentos, foi só um resumo que achei da PEC.
Como disse no post anterior, trabalho no centro da cidade, para o bem e para o mal. Uma coisa que me impressiona aqui é a biodiversidade. Temos engravatados, mendigos, estudantes, trabalhadores, flanelinhas, “dentistas!”,..., e o que nunca falta, manifestantes em greve! Mas para entrar mais no assunto vou contar uma breve historinha.
Certa vez fui a um encontro de empreendedores, organizado por um sujeito, até simpático, chamado Guilherme Meilman. Neste encontro conheci um programador de computadores que criou uma empresa que faz quase todos os softwares de videokes que nós conhecemos (se você já cantou em um e sua nota foi ruim, pode culpá-lo). Um sujeito que com uma empresa de 3 pessoas fatura bastante, certamente um cara de sucesso! Mas o que aprendi com ele foi um método de trabalho muito interessante. Segundo ele quando se trabalha numa empresa de programação, não se pergunta ao colega do lado, quando der na telha, a solução do seu problema. O que se deve fazer é: levante a mão e então espere ser atendido por algum colega. Motivo: você não pode achar que seus problemas são maiores/mais urgentes do que os dos outros a ponto de querer atrapalhar a rotina alheia. Gostei muito do conceito.
Agora voltando aos manifestantes do centro, vamos aplicar o conceito dos programadores. Com que direito (eu sei que está na constituição, eu digo a idéia de moralidade e ética) os manifestantes param o centro de uma cidade inteiro, ficam gritando palavras de ordem, fazendo barulho, sujando as ruas e atrapalhando os outros? Assim como no caso dos programadores, estão julgando que seus problemas são maiores do que os dos outros. Há pessoas que talvez estejam atrasadas para um exame médico, entrevista de emprego, voltar pra casa e descansar depois de um dia de trabalho, etc... E muitas vezes não há uma proposta viável ou sensata para negociação, o motivo é a birra, fazer barulho até serem atendidos. São como crianças, que não tem discernimento para julgar o que é sensato e o que não é. Falta eles pensarem que os problemas deles não são maiores do que os de ninguém.
Gosta de manifestação? Já participou de uma? A mão na sua cara!
Nos elevadores aqui do prédio colocaram TVs que ficam passando algumas "manchetes" de notícias do dia, todas elas são vinculadas ao portal Terra. Para cada "manchete" há uma imagem vinculada, que ocupa quase toda a tela (alguém já deve ter visto isso em outros prédios comerciais).
Acho que eu nem precisava falar que as notícias pouco acrescentam e que a qualidade do texto é ruim (uma vez que pode ser deduzido por uma palavra do título "jornalistas"), mas achei melhor destacar de novo. Se não bastasse isso, eles também conseguem fazer um serviço porco em muitas das imagens vinculadas às notícias. Aqui seguem algumas pérolas:
- "Tiger Woods anuncia que quer voltar às quadras".
Esqueceram de avisar ao responsável que ele joga golf.
- "Bracelpa anuncia aumento da produção de celulose". Imagem vinculada: um arbusto em um jardim.
Dessa vez esqueceram que nenhuma empresa da Bracelpa produz celulose a partir de jardins.
- "Estudantes brasileiros...." Imagem vinculada: alemãozinho dando um "joia" pra câmera.
Custava pegar uma foto de um dos mil vagabundos que compõe a Une?
- "Mulheres que consomem carboidratos aumentam até 2 vezes as chances de morrer de ...."
Isso quer todas elas ne, porque até onde sei todas consomem carboidratos. Coitadas todas vão ter as chances de morrer duplicadas. Custava colocar "muito" antes de carboidratos?
- "A tenista Ana Ivanovic quer voltar a ser a 1a do mundo".
E eu quero ser milionário, e ai?
Bem que eu gostaria de lembrar de algumas outras, mas a memória não está ajudando.... E também gostaria de acreditar que colocaram o estagiário do estagiário pra fazer isso, e não que alguém que ficou 4 anos¹ estudando esteja fazendo.
Gosta dessas manchetes? De jornalista? Acha útil? A mão na sua cara!
¹ Já diria o mestre William "Cara, fazer um curso de jornalismo é uma loucura! É como ficar 4 anos mascando o mesmo chicletes!"
10 anos de praga é demais! Quando aparece uma danada duma gripe suína (que nem mais assim eles a chamam) ela é rapidamente e intensamente combatida, parecendo até que seria uma Peste Negra dos nossos tempos que levaria a humanidade a seu fim em 2012.
Até o funk durou menos. A febre do Calipso também.
Me pergunto todos os dias por que o BBB dura tanto tempo. Nem lembro em qual série estudava 10 anos atrás. Naquela época os atleticanos ainda podiam zoar com os cruzeirenses alegando serem superiores, ou tão bons quanto, por terem sido campeões brasileiros e nós ainda não!
George Orwell deve revirar na cova cada vez que o Bial faz aqueles discursos de poesia de banheiro e quando os recordes de votos pra eliminação dos participantes são batidos. (Por que alguém gastaria o preço de um SMS pra votar nisso?!!)
Será que o Bial, bom jornalista que dizem que é, não vive em depressão profunda (maquiada por um coquetel de tarjas pretas) por apresentar um programa de tal nível e qualidade?!
Ouvi um comentário de um amigo a alguns BBBs atrás quando assistíamos o programa para ver umas beldades femininas (ta aí pelo menos uma razão do peso da audiência masculina desavisada). Ele disse: “O BBB suga a sua inteligência!”. E eu, na véspera do vestibular, nunca mais assisti. Vai que ele tinha razão....
No ano seguinte comecei a fazer uma pesquisa e constatei que tudo o que é absorvido em um dia inteiro de aprendizado se vai com apenas um programa do BBB. Pensando quantitativamente isso quer dizer que o retorno intelectual marginal de uma hora de aprendizado é infinitamente menor que o retorno (nesse caso defasagem) intelectual marginal de uma hora de BBB.
O pior de tudo é que em alguns dias pode ocorrer déficits de aprendizagem! Aos domingos, por exemplo, o indivíduo quer curtir o último dia de descanso na semana com uma cervejinha, almoço com a família, talvez até um clube... No final da noite, para coroar todo seu dia, ele vai e assiste uma hora de BBB, que lhe irá consumir um nível substancial de aprendizagem por ele adquirido ao longo da semana que passou.
Então, chegou a hora de interromper conversas de buteco sobre o assunto, desligar na tomada a TV que passa o programa e até dar sermão. Tudo isso pra conscientizar seus próximos de que isso faz mal, muito mal. Mas se você quer evitar indisposições, evite esses ambientes nessas circunstâncias. Vá ao banheiro, leia um livro ou mude de assunto.
Enfim, por essas e outras que eu lanço a campanha: “Não assista BBB e mantenha sua inteligência”. Se não gostou...