quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

“Tudo aquilo que você não perderia seu tempo lendo em outro lugar”

Tenho uma relação de amor e ódio com historiadores, ou pessoas de outras áreas que atacam de historiadores. Gosto porque sempre levantam algumas questões que não tinha pensado antes. Não gosto porque quase sempre tentam tirar conclusões precipitadas sobre suas teorias. Alguns exemplos de livros bons/ruins são “Guns, Germs, and Steel: The Fates of Human Societies”, de Jared Diamond, e “The Wealth and Poverty of Nations: Why Some Are So Rich and Some So Poor”, de David S. Landes. Os dois levantam questões importantes, mas são muito ambiciosos em tentar explicar os motivos da evolução de algumas nações. Apesar disso, às vezes gosto de perder meu tempo com essas coisas.

Para mim a questão é que, como disse alguém que eu não lembro o nome, "você pode dizer que um cubo de gelo no sol, ou um torneira gotejando, vai criar uma poça d'água. Mas não podemos afirmar ao ver uma poça d'água que ela veio de um gelo derretido, de uma torneira, de uma chuva, infiltração, etc". Apesar disso, às vezes gosto de perder meu tempo com essas coisas.

Mas depois dessas besteiras, o que eu quero mesmo é falar de um artigo que estou gostando muito, "Was Weber Wrong? A Human Capital Theory of Protestant Economic History" do Sacha Becker e do Ludger Wößmann (alguém sabe como pronunciar??). Eles discutem o importância da religião para o acumulo de capital humano da população protestante. (Acho que depois de ver o filme do Chico Chavier fiquei tocado com essas questões religiosas).

Eles pegaram dados da antiga de Prússia, berço de Weber e Lutero, referentes ao final do século 18. O objetivo é discutir os meios pelos quais a ética protestante fez com que a região "largasse na frente" em termos de capital humano. E pelo título não é difícil imaginar que eles proprõe uma abordagem diferente da de Weber. O ponto em si é que a Prússia estava a frente das demais nações não somente porque a ética protestante pregava a salvação por meio do trabalho, mas porque ao traduzir a Bíblia e fazer com que os fiéis a lessem, a religião acabou por incentivar a alfabetização da população.

Ainda não li o artigo inteiro, que está disponível em http://epub.ub.uni-muenchen.de/1366/1/weberLMU.pdf , mas caso tenha algum apressadinho querendo ler na minha frente, fique a vontade para comentar. E para quem quiser criticar o modelo vale o mesmo, comente, isso com certeza não vou fazer.

Não gostou? A mão na sua cara.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Abre o olho Brasil Malandro!

Muito tenho visto sobre a série de atentados no Rio de Janeiro, e compartilho aqui a melhor análise que vi da situação, não somente do Rio de Janeiro, mas no contexto mundial.

Isso tudo, com uma visão de futuro incrível, uma vez que esse video foi gravado há mais de dois anos, e mesmo assim termina com a profecia "Abre o olho Brasil malandro, vai haver algumas exprosão no brasil, se liga hein!"
















"E no RJ, você não precisa esperar chegar o Cosme e Damião pra ganhar bala!"
(Away de Petrópolis)







sábado, 13 de novembro de 2010

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Uma amostra das populações

Oct 26th 2010, 15:10 by The Economist online

The usual suspects

Public-sector corruption remains a cause for concern

WITH scores of 9.3 out of 10, Denmark, New Zealand and Singapore are the world's least corrupt countries, according to a new index from Transparency International, an anti-corruption watchdog. At the other end of the table, Somalia ranks bottom with a score of 1.1, ahead of Afghanistan and Myanmar. Worryingly, Brazil, Russia, India and China—the BRICs currently considered the global engine for economic growth—all score less than 4. The 178-country index is based on 13 surveys of experts and business people. These surveys are not standardised and the overall methodology changes from year to year, making it difficult to say whether a country has indeed done better or worse if its score alters. Still, Transparency International has identified 16 countries which showed improvements or declines since last year. Notable among these is America, which dropped from 7.5 (19th place) to 7.1 (22nd place). As in most developed countries, the issue is not bribery, but a lessening of political transparency (for instance in campaign finance) and regulatory oversight.





Os representantes são sempre uma amostra da população geral. Não aguento pessoas falando que o país está assim por causa dos políticos, que não tem desenvolvimento porque eles roubam, etc... Sim, é verdade, há muito corrupção como se pode ver no gráfico acima, mas a falta de ética não é só na política, talvez lá esteja apenas mais visível. Talvez o indivíduo que ultrapasse pelo acostamento não roube R$ 1 milhão apenas porque não tem oportunidade, talvez quem falsifique carteirinha de estudante não faça tráfico de influência porque não tem influência, talvez quem financia o tráfico não dê emprego para a família toda porque não tem chance para isso...

Acha que o problema é sempre a conduta dos outros? A mão na sua cara


quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Observação sobre o Post da Resenha....

No post sobre o livro "Guia do Politicamente Incorreto da História do Brasil" coloquei uma observação no final "prefere acreditar nas historinhas de super heróis? A mão na sua cara". Pois então, ai segue uma reportagem sobre um exemplo de super herói criado.


Não vou entrar no mérito se ele foi ou não "o melhor jogador de todos os tempos", mas sim a supervalorização que se faz dele, o Pelé. Mas pensando bem pode ser o Edson, porque o Edson é que ganha o dinheiro, não o Pelé. O Pelé foi o jogador, o Edson é o manager... E por ai vai nessa ladainha que ele adora ficar repetindo.

Não gosto de reis, de melhor de todos os tempos e outros títulos que dão a atletas. Quando se faz isso acaba por assumir que TODOS que virão depois serão piores, e isso não é nem um pouco sensato.

Supervaloriza o Edson? A mão na sua cara!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Livros de Administração

Outro dia escutei uma conversa no elevador que me fez lembrar de alguns livros sobre administração que fui obrigado a ler. Então resolvi escrever um post sobre as besteiras dos livros de administração. Mas para o post não ficar longo vou escrever em duas partes. Neste primeiro o objetivo é assoprar, fazer um carinho... para depois bater. Vou assoprar com o livro "Origin of Wealth: Evolution, Complexity, and the Radical Remaking of Economics", do Eric D. Beinhocker.

O autor fala de algo mais real e, ao contrário da maior parte dos autores, ele não tenta vender a ideia de que se você fizer um planejamento estratégico, traçar metas e trabalhar duro vai alcançar o paraíso. Muito pelo contrário. Não existe paraíso (será que precisava escrever isso???). O mercado é dinâmico (será que precisava escrever isso???[2]) e você tem que, na comparação do autor, correr e correr para continuar no mesmo lugar. O único benefício é não ser passado para trás. Ele usa estudos e dados para ilustrar o argumento e não fica naqueles conceitos de planejamento perfeito que mais parecem de livro de auto-ajuda.

Falo isso porque muitos autores (dos que li) vendem o Planejamento Estratégico como alguma coisa perfeita. Você tem que traçar um plano, com objetivos, indicadores ("porque o que não é mensurável não é administrável", não é esse o jargão?) e planos de ação. Além disso, trabalhar para executar o plano. Mas isso é pura besteira. Sempre pensei que o que tem que ser feito é manter sua agilidade, correr. Porque quando se faz um PE assume-se premissas, e por mais que elas estejam certas, o cenário planejado não irá ocorrer 100%(será que precisava escrever isso???[3]). Então mesmo que os administradores acertem o cenário e algumas premissas, a empresa terá que ter agilidade para se adaptar às premissas que saíram do cenário planejado. E quando as premissas são mal feitas nem se fala. Aí está o valor do livro, atentar para esse ponto.

Para concluir, o que me intriga nos administradores é o fato de eles irem cada vez mais na direção contrária da direção do resto das profissões. Enquanto todo mundo quer simplificar, parece que eles na ânsia de serem reconhecidos como ciência, tentam complicar as coisas simples e elaborar teorias complexas sobre elas. Se o mestre Giannetti já falava que "pensar é a arte de tornar as coisas mais simples do que são", então essa parece ser a prova de que esses administradores não andam pensando muito.

E administradores, não me levem tanto a mal, se você não tenta escrever um best-seller, "tese" ou artigo sobre um mundo perfeito, ou tenta me vender que sua empresa funciona como planejado, você não se enquadra na crítica acima. Calma.

Gosta de auto-ajuda administrativa? A mão na sua cara!

ps.: Queria pedir aos ex pupilos do Falconi para contribuir. Como vocês já saíram de lá faz tempo podem me ajudar com exemplos de livro. O ex chefe é cheio deles.

sábado, 9 de outubro de 2010

Resenha de quinta no Sábado


Ganhei esse livro de aniversário e comecei a ler sem entender muito bem do que se tratava. A princípio parecia um livro de piadas, daquelas sem muita graça. Mas o livro é muito bom e faz aquilo que eu sempre tive vontade de fazer, desmascarar meus professores de geografia e história do ensino médio. E certamente o livro vai servir de guia para meu filho mais novo antes de ele entrar para o ensino médio, para já ir blindado. Isso porque o meu filho mais velho já passou por isso, e inclusive era para estar fazendo esse post no meu lugar. Mas o menino anda rebelde....

Vamos ao livro, mas não sem antes fazer uma advertência. O escritor é jornalista, então o livro está cheio de julgamentos fáceis e conclusões precipitadas. Basta levar isso em conta que a leitura será excelente.

Cada capítulo do livro trata de um tema ou personagem brasileiro que a respectiva história foi baseada em mitos e passada a frente por várias gerações, sem que ninguém fizesse uma busca pelos fatos com maior rigor. Mas recentemente surgiram alguns pesquisadores que têm pautado seu trabalho em recontar a história com base em fatos e dados reais, e não buscando criar heróis ou fortalecer uma cultura brasileira forjada.

Aí vão alguns fatos. Uns mais interessantes do que outros:

- Os índios não viviam em harmonia completa com a natureza e muitos menos eram inocentes. Muito antes dos europeus já guerreavam entre si. Foram fundamentais na conquista do território, sem seus escravos (de outras tribos), ajuda para abrir caminho nas matas, matar inimigos e proteger os portugueses, o Brasil nunca teria sido ocupado.

- Zumbi dos palmares, tratado por uns como líder da "primeira experiência socialista brasileira", tinha escravos. E os escravos libertos que fugiam para Palmares tinham um imperador, que deveriam obedecer, o Zumbi. O próprio líder fazia investidas contra fazendas em busca de roubar os escravos, não para libertá-los, mas para trabalhar para ele. Os "livres" eram somente aqueles que chegaram lá fugidos.

- A origem da feijoada é européia. Negros e índios não tinham o costume de misturar carnes a grãos, esse era um hábito do império romano, e outras culturas européias adaptaram cada uma a sua forma. Por exemplo a paella espanhola, ou o cassoulet francês. Os portugueses fizeram a versão deles, a feijoada.

- Guerra do Paraguai. Os paraguaios eram governados por um tirano, o país era rural e pobre, e a Inglaterra não teve relação nenhuma com o início do conflito. O conflito começou por uma investida irresponsável do paraguaio contra o Brasil, e quando Argentina e Uruguai não deram apoio, Solano López, declarou guerra aos dois países também. Sua burrice não o deixou perceber que ele estava acabando com seu acesso (o Rio da Prata) aos armamentos e comida. Depois disso todo mundo já sabe. Ou não. Não morreram tantos homens como os comunas alegam, estima-se que no máximo 18% da população teve envolvimento com a guerra.

O post ta ficando longo e eu com preguiça. Então vou parar por aqui. Para quem quiser continuar a leitura aí vão os dados:

Nome: Guia politicamente incorreto da história do Brasil
Autor: Leandro Narloch
Editora: Leya

Não gostou, prefere acreditar nas historinhas de super heróis? A mão na sua cara

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Nesses tempos de eleição....

Depois de um trabalho diplomático nas Coréias, uma passagem pelo Irã para tentar salvar uma jovem moça do apedrejamento, ter escutado queixas que o blog estava abandonado, etc, etc, etc (como diria o falecido Enéias) estou de volta.

E nesses tempos de eleição os assuntos sempre são mais divertidos, ou não. Alguns mais céticos e preocupados falam muito na falta de um debate mais aprofundado por parte dos candidatos, reformas necessárias, sistema político mais sério e com compromisso, etc (ver post anterior). Mas hoje, depois de ter passado 1h20 no trânsito e ter lido algumas coisas, tirei uma conclusão diferente: talvez o cenário político não esteja tão ruim assim, ou talvez esteja até avançado. Vou explicar.

A quantidade de comunistas de buteco parece estar crescendo, ou então eu estou ficando mais paranóico. Ontem, dia de votação, tirei umas horas para "ver o que a esquerda anda pensando", como meu filho me ensinou (a gente aprende cada coisa com os jovens!!). Fui visitar nosso velho conhecido Cultura Brasileira, e vi um post interessante: "Já está decidido: o Banco Central seguirá no controle da Economia e da Política Nacional, mas... PARA QUÊ INCENDIAR FAVELAS?". Eu tentei por várias vezes entender a linha de raciocínio do sujeito, mas não dá, a mistura e as alucinações são demais. Acho que nem meu irmão, de 5 anos, conseguiria inventar uma história tão lúdica e sem sentido. Para quem quiser se divertir, vale a pena dar uma lida.

Então, pulei rapidamente para o site do PCO, logo de cara um susto. Uma foto de Leon Trotski, e uma música soviética (eu acho) de fundo, bem tenebrosa por sinal. Graças a Deus não demorei muito para achar o "Clique para entrar" e sair da introdução. Daí fui procurar algo interessante para ler. Achei um artigo no nosso (ex)candidato a presidência Rui Costa Pimenta, com seguinte título "Urna eletrônica: a fraude institucionalizada". Tirei um fragmento do texto para mostrar como a esquerda parece estar usando entorpecentes pesados:

"Pouca coisa é menos confiável do que a chamada urna eletrônica, banida em vários países. Os computadores, como qualquer adolescente que usa estas maravilhosas engenhocas que dominam a vida cotidiana e a atividade econômica há pelo menos duas décadas, são as máquinas menos confiáveis e mais manipuláveis e infiltráveis que existem."

Antes de concluir, e corra o risco do posto ficar longo demais, vou fazer uma última indicação de leitura. No Correio do Brasil, o velho Leonardo Boff “avalia os embates eleitorais entre Lula e a mídia conservadora”. Muito elucidativo.

O que concluí foi que enquanto a maior parte dos países sérios já superou o debate comunismo vs. capitalismo há pelo menos uns 20 anos, nós ainda temos pessoas que insistem em levar propostas como formação de milícias urbanas, fim da propriedade privada, morte de banqueiros, etc, para frente. Nesse sentido, é até mesmo surpreendente que tenhamos avançado tanto nas esferas política, econômica e social. Mas daí para pedir reforma tributária e previdenciária em meio a esses loucos, é exigir maturidade demais de quem ainda acredita em fadas. Por isso acho que na verdade não estamos tão mal assim, afinal carregamos um “bando de loucos”.

Se não gostou, a mão na sua cara!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

"Há pensamento sério no Brasil?"

Os vídeos abaixo são de uma palestra do Eduardo Giannetti. O ponto central da palestra é se há, ou não, pensamento sério no Brasil. Deixando de lado as ideologias, o Giannetti é muito claro e sensato nas suas ponderações, e acaba nos fazendo pensar em alguns pontos, muitas vezes, deixados de lado.

Para aqueles que tiverem "muita preguiça", é possível entender parte do argumento vendo a partir do vídeo 4. Para aqueles que só têm "preguiça" é melhor ver a partir da terceira parte. E para quem tiver interessado em um "pensamento sério", vale a pena ver tudo.

Na minha humilde posição de quem não tem a carga de conhecimento do Giannetti, cheguei a discordar de alguns pontos, mas não vou viesar o pensamento de alguns falando o que não concordei agora. Quem quiser é só posta comentários e a gente pode discutir depois.







Não gostou? A mão na sua cara!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

E o Prêmio "Mão na Cara" do mês de Julho vai para...


HUGO CHÁVEZ!

O símbolo maior do comunismo de buteco é "hors concour", mas mais do que nunca merece o prêmio. Com os indícios de estar abrigando integrantes das FARC na Venezuela e ainda querer uma comissão formada por Lula, Evo Morales, Rafael Correa e Cia para propor um acordo, ele extrapola os limites da cara de pau. Como diria Bolsonaro: "Sete traficantes para julgar o Beira-Mar, ele vai ser absolvido", e "Los Mierdas" para julgar o Chávez, ele também vai ser absolvido.

Hugo Chávez, a mão na sua cara!


Los Mierdas, nova banda latino americana:


Acha que estou exagerando? Então preste atenção no discurso do Cháves. Ainda assim é simpatizante? A mão feroz na sua cara, e na do Hugo também.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Todo mundo aderindo...

Pessoal, o blog está fazendo moda, incrível! O mais novo adepto do espírito é nosso ex-presidente, Fernando Collor. Abaixo segue um trecho da notícia:

"FERNANDO COLLOR XINGA JORNALISTA DA ISTOÉ E DIZ QUE VAI "METER A MÃO NA SUA CARA"

O senador e ex-presidente Fernando Collor de Mello (PTB-AL) ligou para a redação da sucursal de Brasília (DF) da revista IstoÉ, na tarde desta quinta-feira (29), e ameaçou esbofetear o jornalista Hugo Marques por conta de uma nota na edição de 21 de julho sobre o pedido de impugnação da candidatura do político alagoano.

"Quando eu lhe encontrar, vai ser para enfiar a mão na sua cara, seu f**** da p***", vociferou Fernando Collor após explicar ao repórter o motivo de sua ligação."

(Portal Uol, Link)
Os devidos méritos ao meu amigo italiano, comunista de buteco, mas seguidor fiel do blog. Foi ele quem me passou a notícia.

Não gostou? Vou chamar o Collor pra você! A mão na sua cara.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

The Political Compass/Politicômetro

Certa vez um amigo me mandou um teste para ver onde eu me encaixaria numa divisão político-econômica da sociedade. O teste é de uma ONG, que eu sinceramente não tive paciência de analisar para ver se é séria ou não, simplesmente confiei na minha fonte. O teste é um pouco longo e cobre vários aspectos de nossas vidas. E pelo fato de a organização ser estrangeira, há muitos pontos que se aplicam mais à Europa/EUA do que a nós. De qualquer maneira é um bom teste, forçando um pouco, nós faz refletir sobre alguns pontos. O link para acessá-lo é este: http://www.politicalcompass.org/test

O resultado é dado em forma de gráfico, e eles dão exemplos de onde personalidades mundiais se enquadrariam. De acordo com os testes que eu fiz (sabatinei o teste) me parece que o gráfico está ajustado . Isso significa que se você está na esquerda, você realmente é de esquerda. E por aí vai. Como no gráfico abaixo:

Recentemente, o dentão, colaborador deste blog, me mandou algo parecido, feito pela revista Veja. Mas só após voltar ao outro me dei conta de que não é parecido, e sim uma cópia. Cara de pau! Algumas frases são traduções literais do site da ONG (doravante "Original"), mas ao que parece o jornalista da Veja ficou com preguiça e resumiu bem o "original". O link para acessá-lo é este: http://veja.abril.com.br/eleicoes/politicometro/

O resultado também é em forma de gráfico (que coisa, não??), mas diferente do original, esse gráfico precisa de um ajuste para ser interpretado. Mas vamos lhes fornecer a legenda para facilitar seu trabalho. A legenda foi um consenso meu, do dentão e do MODES (então colocá-la em dúvida está fora de questão). Segue o gráfico ajustado:


É comunista de buteco? Não gostou? A mão na sua cara!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Câmbio: Big Mac Index

Sem muita enrolação ou explicação. Saiu hoje uma atualização do Big Mac Index, que é um índice para mensurar o poder de compra em cada país, padronizando pelo preço do Big Mac. No gráfico, barra para direita = moeda valorizada; barra para esquerda = moeda desvalorizada.

The latest Big Mac index suggests the euro is still overvalued

ASK Western policymakers how they intend to squeeze growth from their sluggish economies and most pin their hopes on higher exports. That makes exchange rates an especially sensitive topic. A weaker currency improves the competitiveness of a country by making exports cheaper. It also encourages domestic consumers to switch from expensive imports to domestic goods. The Economist’s exchange-rate scorecard, the Big Mac index, shows that currencies continue to be cheap in the developing world but overvalued in Europe.


Mais informação: The Economist

Não gostou? A mão na sua cara!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Certas previsões

Depois de descumprir dois ‘deadlines’ impostos pelo sócio majoritário do blog (menino Gari) para eu postar algo além dos meus 2 posts, vim falar besteira também, rapaziada. Oba! Para a tristeza do chefe Gari, não vou tratar de assuntos polêmicos que causem discussões homéricas, brigas, rixas entre blogs... pra isso a gente tem o chefe, o menino tem um discurso afiado!

Vou continuar minha linha ZEN de posts, como os anteriores. Viva a diversidade! Quero falar dessa vez sobre algo que adoro, bem zen...TEORIA ESTATÍSTICA. Oba, debate estatístico!


Queria fazer neste post uma pequena revisão sobre algo que muito economista ‘pulou’ na graduação: neguim dormiu na hora da matéria, ou matou aula, ou ficou até tarde da noite fazendo tipo o 8º relatório de econometria no dia anterior e não tinha o menor saco pra prestar atenção, ou a aula era numa quarta-feira pós terça fatídica.... (eu era o neguim que odiava estatística na época) enfim, sei que muito economista não deve lembrar necas de PROBIT, mas estatística tá em alta hoje, todo mundo tá usando, é bom relembrar!


Pra macacada que não é economista, estatístico ou qualquer ser estranho afim, o PROBIT parte do seguinte princípio: vários acontecimentos independentes entre si influenciam na probabilidade de ocorrer determinado fato. Vou usar um exemplo hipotético envolvendo nosso amigo Bela pra ilustrar o caso: ‘o fato do bela ser meio desligado’, junto ‘da vontade alta de chegar em casa logo ao sair de uma aula de econometria’, combinado com ‘uma oferta recebida de carona para a casa dele’ resultam numa ‘elevadíssima chance de ele esquecer que veio de carro para a faculdade e aceitar a carona’ (Ah, e lembrar-se do carro depois de chegar em casa)... Sacaram?! Todos esses fatores contribuem pra chance de ficar só o carro dele no estacionamento da Fafich às 23h (bem parecido com aquele jogo, resta um). Pois bem, no PROBIT a idéia é essa, só que lá você coloca números para representar todos os acontecimentos (mania de economista neoclássico!) e esse modelinho estatístico te dá quanto cada acontecimento contribui na chance de certo fato se consumar.

Meio confuso?! Bom... acho que quem já carregou o pesado do livro do Wooldridge lembrou algumas coisas. Aquele livro com um título ingrato, ‘Introdução à Econometria’ ... poxa vida! Livro tem 684 páginas e tem INTRODUÇÃO no título?! Enquanto isso, semana passada fui a uma livraria do centro e havia um livro chamado ‘Tudo sobre administração’, 232 páginas... que jóia!


Bom, desabafos à parte, vamos à parte prática. Se não tem aplicação prática, pra que serve a teoria? (pergunta também cabe aos neoclássicos radicais, como o Gontijão, que vivem num mundo ao lado do mundo dos comunistas de boteco). Vejo muitíssima aplicação prática em experiências próprias, nas quais a combinação de eventos resultava em elevadíssima probabilidade de.....errr...digamos ‘Merda!’

Abraço com pulo + Aniversário 80 anos + Vó + Estalo na coluna = 83%

Fim de festa + Virar cerveja no bico + Continuar a beber no LaGreppia = 75%

Bicicleta + Curva + Areia = 100%

Garrafa de vinho + Uirá capetinha + Jogos de futebol americano recentemente assistidos = 100%

Insolação + Fanta Uva pra coleguinha + Boate Aobra (antes do ar condicionado) = 100%

Monografia + 4 páginas de referências bibliográficas não-formatadas + último dia de entrega = 79%

Cerveja + Virar Vodka da coleguinha + Dança do quadrado recentemente assistida = 100%

Irmã + Tio + Artigo aprovado + Abraço com pulo = 65%

Poker + Montilla + última refeição às 14h = 100%

Pessoas recém terminadas de namoro = 97,8%

Cantil de cachaça + festas em SP = 91%

Amiga desorientada + Festa + encontrar amigos dessa amiga = 88%

Postar sobre probit = 80%



Estatísticas previsíveis, PROBIT mental simples. Era só dizer não.


Acha que isso tudo é merda demais pra uma vida só? A mão na sua cara!

PS: me inspirei nas idéias da minha querida amiga Mari Vasconcellos, aquela, sabe?

segunda-feira, 19 de julho de 2010

A direita não está morta

Há algum tempo estou intrigado porque sempre os candidatos a algum cargo político vêm com propostas de esquerda, ou melhor, de comunistas de buteco. A maior parte é do tipo redução da jornada de trabalho, salário mínimo de R$ 1 mil, bolsa família de R$ 500, contra a exploração do proletariado e por ai vai. São propostas sem argumentos e demagogas, sem um estudo para ver sua real viabilidade.

O que me preocupa, no estilo Luther King, não são essas propostas, mas a falta de propostas de direita. Não estou querendo propostas de direita bem fundamentadas, reais, etc, mas sim no mesmo estilo das comunistas de buteco, bem sensacionalistas. Explico. Só assim teria um meio termo "saudável", um debate de verdade, e não em debate entre esquerda e centro esquerda, que no final acaba virando essa zona.

"Mas meus problemas se acabaram". Encontrei, por acaso, um deputado federal do Rio de Janeiro (que ironia, não?) que representa bem essa direita que estou falando. Contra comissão da verdade para apurar os "crimes" da ditadura, contra o proletariado, contra os gays, contra quase tudo que esteja fora da área militar. O nome do sujeito é Jair Bolsonaro e é filiado ao PP. Abaixo segue um video dele.


E um trecho sobre "gays nas forças armadas":
"Respeitamos a opção sexual desta minoria, mas não podemos tolerar quando estes querem que os aceitemos, no seio de nossa família, ou em algumas profissões, como se isto fosse um padrão de vida para servir de exemplo e orgulho para todos."

De novo, não acredito que todas as propostas dele sejam válidas ou sensatas, mas sim que pessoas como ele têm um papel fundamental no equilíbrio do nosso sistema político. Principalmente se levarmos em conta a quantidade de comunistas de buteco "nos representando".

Acha que pessoas como ele não são importantes? Concorda com um sistema onde só as propostas de esquerda têm valor? A mão na sua cara!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

"Filme de Quinta"

O nome do post é homenagem a um blog antigo (parece fora do ar), o Malu de Meias. Uma junção de "Resenha de quinta" com "Filme de segunda" que tinha lá. Claro que eu não vou conseguir fazer uma resenha como as Malus faziam, com informações sobre o livro/filme, contando a história, personagens, etc. Até porque não consigo demorar muito para escrever um post. Mas vou tentar fazer uma breve sinopse.

Austin Powers 2: the spy who shagged me

Austin Powers era um agente britânico que foi congelado nos anos 60 para que quando seus serviços fossem necessários no futuro as autoridades pudessem contar com ele (por isso as roupas). E neste filme o maquiavélico Dr. Evil tenta desenvolver uma máquina do tempo para voltar aos anos 60 para acabar com local onde Austin Powers estava congelado, e assim ter seu caminho livre para fazer um laser que pudesse acabar com a terra. Mas Austin Powers também volta ao passado e começa uma caçada contra ele.

Falando a verdade, a história do filme não importa muito, até porque ela é bem fraca, mas sim as piadas e ironias dos personagens, seja nas falas, nos gestos e até mesmo nos nomes. O filme é tosco e "mal feito", e definitivamente não é um filme para quem procura cultura, conhecimento, se emocionar, assistir com a família no domingo..

Destaque para o fato que Mike Myers interpreta três personagens, e também para a bela Heather Graham, que faz a Felicity Shagwell (ou Felicity Façobem, em português).

Duas cenas do filme:



Não gosta de Austin Powers? Acha retardado? A mão na sua cara!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

As besteiras pós copa: arbitragem

Ver a Espanha ganhar já é difícil, mas difícil ainda é ver na Globo o Galvão e o Arnaldo falando que foi umas das piores arbitragens da "história das copas". Eles adoram esses termos.


***

Um parentesis, para quem não teve oportunidade de assistir a final no sportv com o Milton Leite (em casa ou num bar) perdeu um show de narração. Deixa o galvão no chinelo. Abaixo os melhores momentos (do narrador também):


obs: o Editor burro cortou o "que beleza" em holandês e outras "tiradas" dele.

***

Voltando ao assunto, o Arnaldo fala que a arbitragem foi desastrosas muitos erros, etc. O galvão fala que Fifa tem que fazer alguma coisa (até aqui concordo) porque não podem haver tantos erros como nesta copa.

Mas as críticas são burras e sem foco. Porque o problema não é o declínio na qualidade da arbitragem, mas sim o aumento da qualidade das imagens geradas. Quando o Arnaldo apitou a final da Copa de 82 (eu acho), não tinham 32 câmeras em campo, camêra lenta, telemetria, congelar imagens, sombra no campo, design gráfico, a tv colorida existia a pouco tempo, a qualidade da imagem era péssima, não tinha telão no estádio e por ai vai.

Tudo bem, 2006 tinham muitas tecnologias e não se falava tanto. Mas para mim as tecnologias de hoje ainda são muito mais avançadas que 2006. A "cablecam" ajuda muito, o avanço na telemetria também (como no tênis, onde é possível ver exatamente onde a bola vai) então os erros ficaram mais "visíveis". Ficou mais fácil julgar o juiz.

A solução que parece ser clara (ou nem tanto) para todo mundo: os árbitros terem auxílio dessas tecnologias, como em outros esportes. Mas mesmo assim há problemas com essa solução. Imagine uma jogada em que o acatante sai na cara do gol, mas o bandeirinha marca impedimento. Então recorre-se à tecnologia e a conclusão é de que não havia impedimento. Qual seria a consequência? a) tiro direto de onde o "impedimento" foi marcado?; b) voltar a formação anterior ao impedimento?; c) penalti americano * (aquele que o jogador sai do meio de campo e decide a jogada contra o goleiro)... Enfim, nenhuma me parece muito eficaz.

Então não adianta falar dos juízes, quanto mais tecnologia tivermos mais os erros vão aparecer. E o futebol é rápido, dinâmico, tem jogadores malandros e outras cirscunstâncias que limitam a atuação do juiz. A tecnologia pode ajudar, mas não vai resolver todos os problemas.

Fica metendo o pau no juiz junto com o galvão? A mão na sua cara!

*Para quem não lembra como era o penalti americano segue o vídeo (a partir dos 27s):

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Resposta ao filho Bela (parte II)

O último post do gari (“As Besteiras pós a eliminação”) gerou certa discordância de opiniões entre meu filho Bela e eu. Meu filho, em uma inocência maior que a do menino Modes, argumentou nos comentários que o futebol brasileiro era previsível, com o Dunga adotando um esquema de jogo mais comum a times europeus e/ou sem muitos talentos, e que isso levava a uma perda do que o futebol brasileiro tem de melhor, ou seja, a ofensividade, habilidade, improvisação e outras balelas como essas. Por outro lado ele ressaltava a Argentina como uma seleção que foi eliminada, mas sendo fiel aos preceitos do futebol-arte. Por esses motivos as seleções teriam sido recepcionadas de maneira diferente: a Argentina com festa, e o Brasil com críticas. Para quem não leu os comentários do Bela no post anterior, retirei alguns que resumiam seu ponto de vista:

“E o que achei ser o maior pecado em 2010, foi o Brasil querer imitar o futebol previsivel do resto mundo. Baseado em excessiva obediência tática e preocupação defensiva.”

“Concordo que a Argentina foi desorganizada, mas a postura do time era de agredir o adversário o tempo todo, jogavam atacando com seis jogadores. É a postura do time que me refiro”

Parabenizo meu filho por incluir na discussão o lado lúdico do futebol, e concordo com ele que em esse é um dos fatores que diferencia o ludopédio dos demais esportes. Porém discordo totalmente quando ele fala que o Brasil jogou futebol-retranca e a Argentina jogou futebol-arte. As duas equipes se portaram em campo de maneira bem semelhante, e as estatísticas da FIFA comprovam isso. O número de gols, ataques, faltas sofridas e a passes dentro da área adversária (indicadores de ofensividade) são bem semelhantes, como pode ser observado no gráfico abaixo.


Vale ressaltar que todos os gols brasileiros foram feitos dentro da área (característica do nosso futebol) enquanto dos 10 gols argentinos 3 foram de fora da área (característica do futebol europeu, principalmente se contado o efeito moonwalk da Jabulani).

Outro ponto de divergência foi sobre a qualidade do passe do Felipe Melo. Não é pelo fato de ter se mostrado um jogador totalmente descontrolado, que também vamos ignorar a qualidade de bom passador desse volante-marginal. Ele foi o jogador da seleção com o maior índice de acerto de passes, e não foram poucos passes, em 4 jogos, ele fez 41 passes curtos, 173 passes de média distância e 42 passes de longa distância. A qualidade do passe dele é notória principalmente se levarmos em consideração a média de acerto da seleção.


Bela, as duas seleções são parecidas e se você for criticar ou elogiar uma, use o mesmo critério para julgar a outra.

É argentino enrustido? Não acha que só a Alemanha e a Espanha jogaram um futebol acima da média na copa? Vai na onda de jornalista profeta do acontecido? A mão na sua cara, e um coice do Felipe Melo no seu pâncreas!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

As besteiras pós eliminação

Antes de acabar o jogo do Brasil o Rei do Futebol já postou no twitter "começamos a ouvir as besteiras!!!" se referindo, claro, aos jornalistas que acompanhavam o jogo. Mais tarde ele ainda postou: "Perguntinha. O q vcs acham dos nossos comentaristas? Sem pilha galera!" e ele mesmo respondeu "Eu acho o seguinte: Eles na verdade não falam o q realmente estão vendo. Pq não podem ou não tem coragem. Realmente é uma pena". O Romário é o cara!

Verdade seja dita, o Felipe Melo não tem culpa sozinho, mas essa raça, chamada de jornalista, insiste em sempre querer achar UM culpado para tudo. Assim têm quem criticar, podem vender as matérias, descascar o cara em rede nacional, falar que ele tinha problemas desde a infância porque o pai isso, a mãe aquilo.... e claro, a famosa frase do meio "eu avisei/já sabia". Bando de profetas do acontecido.

Como eles não entendem nada e falam, também me sinto no direito de falar (e pra quem não gostar ainda posso dar a mão na cara). Seguinte, foi o melhor que fizemos! Não ia adiantar levar ronaldinho, neymar, pato, ganso, marreco.... Eles iam tremer igual aos que estavam lá. E a culpa, se alguém quiser achar, é de TODOS. Analisando:

Júlio Cesar: 1o gol foi culpa dele, não do Felipe Melo. Todo mundo sabe que quando um goleiro sai do gol é pra bater na bola, que acerte a cabeça de um, mas tire a bola. Mas o Júlio errou a bola feio.

Juan: Na jogada que deu origem ao 2o gol ele teve a chance de chutar para lateral, mas preferiu chutar para escanteio. Outra coisa que até meu filho sabe que não se deve fazer.

Lúcio: Como capitão tinha que ter dado um esporro geral e controlado melhor a situação dentro de campo.

Felipe Melo: Nem precisa falar. A cereja do bolo, agressão desnecessária.

Ramires: Para que aquele cartão amarelo no jogo contra o Chile??? Era sua chance mané!

Kaká: Não fez nada, não conseguia tocar a bola nem armar jogadas.

Robinho: Dispensa comentários, nada mais além do gol que até o Dentão faria.

Dunga: Deveria ter feito as substituições logo no início do 2o tempo e não esperar a situação sair do controle.

E por ai vai, perdi a paciência de ficar escrevendo.

A gente tem é que saber que as vezes os adversários jogam melhor que a gente e dar os devidos méritos. Temos o melhor futebol do mundo sem dúvidas, mas isso não significa que vamos jogar bem sempre. Todo mundo tem que aprender a perder, e não ficar falando besteira depois que aconteceu. Se o dunga tivesse sido campeão seria exemplo de determinação, liderança, mesmo em situações adversas. Como perdeu, é cabeça-dura, descontrolado, arrogante....

Concorda com os jornalistas? A mão na sua cara! Vai torcer pra Argentina e tomar de 4 (com todo respeito).

quarta-feira, 30 de junho de 2010

E o Prêmio "Mão na Cara" do mês de Junho vai para...


OS COLABORADORES DESSE BLOG...

Antes todo mundo postava, uns "atropelado" os posts dos outros e agora, como diria o mestre William, "silêncio sinistro e fundo"... Nenhum post esse mês, tentei levar sozinho mas é complicado, ai o resultado foram só 3 posts (fora o prêmio).

Boi, Bela, Ronaldão, Modes, Dentão e Uirá, a mão na cara de vocês!

Fim de papo


quinta-feira, 24 de junho de 2010

Pérolas do Mestre William

Como minha nora reclamou dos últimos posts, vou fazer um com conteúdo mais tranquilo e divertido, com algumas frases espetaculares do mestre William.

A coletânea conta com frases que eu escutei, e-mail's que recebi e de conversas com meu filho e outras pessoas. Muitos vão conhecer algumas dessas frases, mas tem novidades. E outra coisa, quem quiser coloborar, fique a vontade. Sei que meu filho sabe de outras.

Ai segue:

No 1º dia de aula, explicando sobre o sistema de resenhas:
“Não precisa fazer tudo e passar com 100. Cara, um semestre eu passei 13 resenhas (ênfase no 13) e teve um demente que fez as 13, uma loucura!”

Numa conversa por e-mail:
“...depois, e no mais, "silêncio sinistro e fundo" a respeito de sua obra e toneladas de lixo tóxico acadêmico. Uma canseira.”

E-mail de resposta a informação de que perderia seu orientando para outro professor:
“Vida que segue. Um grande abraço e boa sorte”

Quando indagado se o capitalismo não seria ruim devido as altas taxas de suicídio em alguns países:
“Mas que maravilha! Quisera eu me dar um tiro na cabeça por tédio. Oh não preciso de mais nada e “pá” me dou um tiro. Bem melhor que morrer de paulada, malária, bala perdida...”

Revisão de um trecho da monografia de um orientando:
“Proponho retirar todo o trecho em azul, pois ele está tendente a provocar erupções de descontrole em membros sensíveis de sua banca”

Quando perguntado se ainda não tinha achado uma resenha enviada por um aluno (meu filho):
“Calma meu caro, no gmail nada se perde!”

Falando sobre jornalistas:
“Mas fazer um curso de jornalismo é uma loucura, é como mascar o mesmo chicletes por 4 anos”

Quando interrompido na sala de aula:
“Minha cara, acho que vc não compreendeu bem o esquema aqui. Deixe-me explicar: Eu falo, vocês escutam, causando os menores custos de transação possíveis e já aviso, aqui os direitos de propriedade são bem definidos!”

Não gosta do William? Das aulas dele? Acha ele um professor ruim? A mão na sua cara!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

O Comunista de Buteco

É incrível como o Chavéz representa bem a classe dos comunistas de buteco. Primeiro distorce a realidade de um jeito que ninguém conseguiria. Aí começa a mudar de assunto a medida que vai falando para tentar fugir das perguntas que ele não sabe responder. Depois coloca a culpa de todos os problemas DELE nos outros. E ainda fala mentiras com orgulho, com uma cara de pau que nem nosso presidente deve conseguir imitar.*

Para conseguir ver até o final vai uma dica que me ajudou, leva na brincadeira. Ele não pode estar falando sério...


Chávez, a mão na sua cara! Gosta do "socialismo democrata" dele? A mão na sua cara!

*Claro que temos que abstrair também as perguntas direcionadas do jornalista e sua "imparcialidade". Mas isso não da crédito as besteiras do Chávez.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

A "Fraude Intelectual" de Taleb

Como ninguém mais posta vou continuar minhas bobagens.

Recentemente terminei de ler os 3 últimos capítulos de um livro que estava lendo faziam uns 5 meses. O livro não é grande, eu que fiquei desinteressado mesmo. E esses últimos 3 capítulos foram diluídos em 3 suaves meses. Mas o que me deixou irritado no livro foi o que o próprio autor chamou de fraude intelectual. Ele finge acreditar numa teoria criada por ele (segundo ele única e original) e critica meio mundo por não ver o “óbvio”.Mas na verdade ele tem consciência de que ele ta falando bobagem, esta pagando de agitador marxista. Vou explicar melhor.

O livro em questão tem o título muito sugestivo “A Lógica Do Cisne Negro: o impacto do altamente improvável”. O autor, Nassim Nicholas Taleb, é um libanês que mora em Nova Iorque, que se denomina um empirista cético e trabalhava num banco de investimentos. Ele começou a ver que eventos não previsíveis tinham altos impactos no mercado (que grande visão, não?), e que portanto os cálculos de risco baseados em curvas de distribuição normal não serviriam para nada. Esses eventos estariam fora da curva e então deixados de lado quando os riscos eram mensurados. Mas segundo ele, são essas eventos inesperados que são mais importantes no mercado, pois basta um para que todo o cenário mude. Basta um para fazer um milionário ficar pobre e vice-versa. Conclusão: os bancos se enganam ao acreditar nos cálculos de risco que fazem, e na verdade isso pouco importa, previsões não servem para nada, pois quase nunca se concretizam.

Claro que eu resumi demais, mas a base é essa. Até a idéia de que existem pontos fora da curva acho que ninguém discorda, e é obvio. E que esses eventos tem alto impacto também, mas daí descartar todas as ferramentas, as teorias e os autores que vieram antes dele é demais. E segundo ele ninguém nunca mostrou, ou convenceu ele, de alguma falha no seu raciocínio. Pois na minha humilde condição cidadão do terceiro mundo, e que não li 4 mil livros nem discutiu com 10 mil pessoas como ele fez, vou tentar.

Para mim ele está se auto-enganando, usando as palavra do Gianetti. Seguinte: ele sabe muito bem, como todos nós, que as teorias abstraem alguns pontos, pois não é possível modelar a realidade. Ele também sabe que isso não descarta todas as conclusões vindas de teorias. Mas de algum modo as crenças nessas teorias é que fazem os mercados funcionarem. Então por mais que existam pontos fora da linha, eventos inexplicáveis, as teorias funcionam para aquilo que se propõe. As crenças é que são importantes. De que valeria um pedaço de papel com o número 10? Nada. Mas se ele vier na cor vermelha, com uma onça de um lado, um cara sem olho de outro e um carimbo do Banco Central do Brasil, a gente vai crer que esse papel vale 10 unidade de troca. Se deixássemos de crer que ele tem valor, ele não valeria mais nada. Do mesmo modo os cálculos de risco, eles servem como mecanismo de comparação e troca no mercado financeiro, e funcionam porque o mercado crê que aquilo da certo. Mas o que o autor propõe é que não haja cálculo, que não se faça previsão, que não se calcule o risco, etc. Para mim é como propor, “vamos voltar ao escambo, pois esses pedaços de papel não valem nada”.

Alguns detalhes:

Taleb é um mega investidor, tem um fundo de investimentos, quem acredita que ele não faça nenhum cálculo de risco? Que não faça maximização de retorno das carteiras?

Vive criticando executivos de terno e gravata, monótonos, que falam de coisas chatas, etc, mas qual o meio que ele vive?

Por essas e outras, Taleb, a mão na sua cara! Vai enganar outro.

E você? Concorda com ele? A mão na sua cara!

segunda-feira, 31 de maio de 2010

E o Prêmio "Mão na Cara" mês de Maio vai para...

Os deputados e senadores que votaram a favor do aumento de 7,72% para aposentados e pensionistas.

Nada contra os velhinhos da Lú da Malu, mas esquecer da inviabilidade técnica de um reajuste dessa magnitude para aprovar essa medida provisória com o objetivo único e exclusivo de ganhar projeção em ano eleitoral demonstra uma falta de compromisso e amadorismo incrível com a questão da previdência e com as finanças governamentais.

Por isso a mão na cara dos deputados e senadores, em especial o "líder" sindical deputado Paulo Pereira (PDT - SP) e do líder do governo no senado Romero Jucá (PMDB - RR), principais lobistas dessa aprovação.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Ajuste Fiscal e Tamanho de Governo

Meu filho recentemente me pediu para escrever um post sobre Ajuste Fiscal. Eu como um bom pai não vou recusar o pedido do filhão. Mas vou adaptar, tratar de ajuste fiscal aqui é pesado e não tenho tanta capacidade, vou escrever uma introdução sobre ajustes e gastos de governo. Vou tentar escrever com base no que eu já tinha, mas faz tempo que não leio sobre isso. Vou abordar o que é consenso, ou quase isso, na literatura sobre o assunto. Claro que ai entram conceitos válidos para a Terra, e não para o Comunista de Buteco World.

Mas primeiro faço um parágrafo para os afortunados que não fizeram economia. Ajuste Fiscal é basicamente o ajuste das contas públicas. Quando há desajuste se gasta mais do que se recebe. Assim, existem dois tipos de ajustes fiscais, os pela receita e os pela despesa. Pela receita, como o nome diz, é quando o governo aumenta a receita, vulga carga tributária. Pela mesma lógica, o ajuste pela despesa inclui o corte de despesas do governo.

Voltando aos consensos na literatura:

1) Os gastos dos governos no mundo inteiro vem aumento, e esse aumento é em termos percentuais. Tanzi e Shuknecht (2000) mostram que, em média, os gastos governamentais passaram de 22% do PIB nos anos 60 para 54% na virada do século. Isso implicou na necessidade de alguns ajustes pesados, como o da Irlanda na década de 80, se não me engano. Por sinal um caso de ajuste de sucesso.

2) Mas por que os gastos vem aumentando? Porque o governo gasta mal e muitas vezes pela própria essência do gasto público. Muller em seu livro, Public Choice II (2002), levanta diversas razões, entre elas a de que o governo atua para corrigir falhas de mercado, então atua em áreas onde os mercados não atuam, menos atrativas. São exemplos: saneamento e obras de infra-estrutura.

3) Uma vez que os gastos aumentam e muitas vezes as receitas não aumentam na mesma proporção, então há a necessidade de um ajuste. O problema passa ser qual ajuste realizar. O aumento das receitas ou o corte de despesas. Alesina e Perotti (1995,1997) obtêm evidências de que os ajustes fiscais têm maior probabilidade de serem bem sucedidos quando a melhora orçamentária é obtida cortando-se os gastos, especialmente os salários públicos e os benefícios previdenciários.

4) Além disso, José Tavares (2003) mostra que quando o governo possui tendências de esquerda, como no Brasil, não importa o partido, os cortes de despesas tem ainda mais chances de serem bem sucedidos. Uma vez que esses governos tendem a aumentar gastos, quando há um corte, é melhor aceito, pois é uma sinalização de que o ajuste foi realmente necessário. Caso contrário o aumento dos gastos teria continuado.

Claro que o assunto é muito mais complexo do que isso, e tem abordagens que não tratei aqui. Como a conseqüência ruim de aumento de impostos em termos de eficiência econômica, o “conto da carochinha da equivalência ricardiana”, os gastos “bons” e os gastos “ruins”, entre outros. Quem quiser tenho uma bibliografia inteira sobre isso. Apesar de ter certeza que ninguém vai querer, eu mesmo não agüentei.

Mas o importante mesmo é que o Mundo está vendo que o modelo de gastança não é bem sucedido. A Europa, com seu Estado de Bem Estar, está com dívidas colossais e todos falam em cortar gastos. Mas num longínquo país, um da marolinha, os deputados decidem acabar com o fator previdenciário e dar um reajuste de 7% aos aposentados. O fator previdenciário foi responsável por uma queda forte na tendência de alta do déficit da previdência, sem ele a coisa estaria muito pior (figura abaixo). Mas afinal, de que isso importa, temos o pré-sal, que ninguém sabe como furar, mas está lá.

Para ilustrar, adaptei do 2º pai da Lu, o Bernardo, uma ilustração do que seria o déficit da previdência sem o fator previdenciário. As projeções originais vão até 2021, mas fiz um corte para 2016, ano das Olimpíadas na cidade maravilhosa.

O Brasil está crescendo, e tem que decidir se vai investir na aposentadoria dos velhinhos ou na educação das criancinhas (tentei parecer um jornalista). Tem que decidir se gasta mais ou poupa. Tem que decidir se quer esquerdismo que apóia o Irã ou um governo descente.

Se você ficou com as primeiras opções, a mão na sua cara! E viva o mestre William...

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Modos de Macho e Modinhas de Fêmeas*

Sempre achei interessantes os comentários futebolísticos que o jornalista Xico Sá fazia no programa Cartão Verde da TV Cultura, e legais algumas poucas crônicas que lia. Até que um dia, por forte indicação, comecei a ler mais crônicas desse escritor, e achei sensacionais suas divagações e filosofias de buteco. O assunto dos escritos costumam ser, como já diria o próprio autor “jornadas psicanalíticas femininas em balcões de botequins” misturando o que aprendeu com as dores amorosas de vários artistas, de Leonard Cohen a Waldick Soriano.

Como um “Guru” dos relacionamentos modernos, Xico Sá divide os homens hj em três tipos: a) O macho-jurubeba é o homem à moda antiga, cavalheiro, porém ainda machista; b) O macunaEmo é o macho brasileiro moderno por excelência: é sensível, chora muito, é amigo, mas é preguiçoso até sexualmente, não tem a pegada e a selvageria do jurubeba e c) O doce cafajeste ou cafa-lírico. Este é o tipo antigo, mas sempre renovável, o eterno conquistador, mas quase sempre claro, explícito, não costuma cometer fraudes amorosas; as mulheres sabem com quem estão lidando e aceitam assim mesmo.

O trecho abaixo foi retirado de um post do blog O Carapuceiro. Nele Xico Sá (sempre de maneira direta) lista “Dez coisas que um homem feio deve saber para tirar mais proveito da vida, essa ingrata”. Como este blog é composto apenas por homens (tá, tem o Modes, mas não vamos discriminá-lo aqui né?!), acho que é uma boa, principalmente para os mais "afrescalhados" como a Vovó:

1) Que a beleza é passageira e a feiúra é para sempre, como repetia o mal-diagramado Sérge Gainsbourg – o tio francês que pegava a Brigitte Bardot e a Jane Birkin, entre outras deusas. Sim, aquele mesmo francês cabra-safado autor do maior hino de motel de todos os tempos, “Je t´aime moi non plus” , claro.

2) Que as mulheres, ao contrário da maioria dos homens, são demasiadamente generosas. E não me venha com aquela conversinha miolo-de-pote de que as crias das nossas costelas são interesseiras. Corta essa, meu rapaz. Se assim procedessem, os feios, sujos e lascados de pontes e viadutos não teriam as suas bondosas fêmeas nas ruas. Elas estão lá, bravas criaturas, perdendo em fidelidade apenas para os destemidos vira-latas.

3) Que o feio, o mal-assombro propriamente dito, saiba também e repita um velho mantra deste cronista de costumes: homem que é homem não sabe sequer a diferença entre estria e celulite.

4) Que mulher linda até gay deseja e encara, quero ver é pegar indiscriminadamente toda e qualquer assombração e visagem que aparecer pela frente.

5) Que homem que é homem não trabalha com senso estético. Ponto. Que não sabe e nunca procurou saber sequer que existe tal aparato “avaliatório’’do glorioso sexo oposto.

6) Que as ditas “feias” decoram o Kama Sutra logo no jardim da infância.

7) Que para cada mulher mal-diagramada que pegamos, Deus nos manda duas divas logo depois de feita a caridade.

8) Que mulher é metonímia, parte pelo todo, até na mais assombrosa das criaturas existe uma covinha, uma saboneteira, uma omoplata, um cotovelo, um detalhe que encanta deveras.

9) Que me desculpem as muito lindas, mas um quê de feiúra é fundamental, empresta à fêmea uma humildade franciscana quase sempre traduzida em benfeitorias de primeira qualidade na alcova.

10) Saiba, por derradeiro, irmão de feiúra, que a vida é boxe: um bonitão tenta ganhar uma mulher sempre por nocaute, a nossa luta é sempre por pontos, minando lentamente a resistência das donzelas. Boa sorte, amigo esteticamente prejudicado, nesse grande ringue da humanidade!

Meu filho Bela, como herdou minha falta de beleza, foi criado a risca nesses “Dez mandamentos do homem mal-diagramado”. Por isso se tornou o terror dos namorados (ou das tchutchuquinhas, como ele diz).**

Para quem acha que esse é um post pagando pau para um jornalista, segue abaixo uma entrevista em que Xico fala sobre o que ele acha desses profissionais.


Não gostou do post? Não gosta da mulher só porque ela tem celulite, estrias, ou usa mochila? É MacunaEmo? A mão na sua cara!



*“Modos de macho e modinhas de fêmeas” é o nome de um dos livros de Xico Sá.

**Devo dar os devidos méritos à babá João Menny, por passar todos os ensinamentos do Jece Valadão para meu filho.