segunda-feira, 10 de maio de 2010

Chega de campanhas anti-fumo

Pelo título parece uma idéia absurda, ou contraditória, uma vez que sou contra o cigarro. Principalmente em lugares fechados e restaurantes, fedem e fazem mal. Não que eu esteja preocupado com a saúde de quem fuma, mas com a minha.

Mas de uns tempos para cá a campanha contra o cigarro, uma das drogas lícitas, vêm aumentando consideravelmente. Basta ver a quantidade de municípios com lei anti-fumo, a quantidade de bares e boates onde fumar está sendo proibido, os espaços reservados para fumantes, as campanhas de publicidade sensacionalistas, etc. Se fosse exclusivamente pelo cigarro, estaria muito feliz com tudo isso, até com as campanhas publicitárias, mas a questão é: Quando, e se, o consumo do cigarro for realmente reduzido ou restringido a locais privados, qual será o foco desse, agora, "exército" sem causa? A bebida alcoólica!

Está certo que as campanhas contra a bebida são muito mais brandas e restritas, mas veja a liberdade de beber que tinham nossos pais e a que temos agora. Feliz era meu pai, que podia beber num bar sem se preocupar com blitz, podia ir ao Mineirão ver a seleção celeste e enquanto isso tomar uma cervejinha, podia comprar a cerveja do fim de semana da drogaria (está certo que isso só na cidade dele) e aí vai! Não estou entrando no mérito se essas são campanhas válidas ou não, estou apenas citando que a liberdade era maior. Agora veja esta reportagem, o famoso "bafômetro" pode ser usado para pedestres também, a fim de se evitar acidentes. Mais uma vez, não estou dizendo que isso não tenha efeito.

Mas voltando a questão, melhor ter o cigarro com o centro das atenções do que não tê-lo. Enquanto tiver cigarro para os médicos, igrejas, vereadores, deputados, senadores, ministério da saúde e outros mais se preocuparem, nós que não fumamos, mas bebemos, estamos a salvo.

Duas considerações:

1) Sei que o lobby da bebida é muito maior, movimenta muito mais setores que o cigarro. Mas o cigarro também já foi forte.

2) Algumas tendências, como a própria reportagem, são internacionais e nada garante que se tornem tendências aqui também.

E segue a única campanha anti-fumo que deu certo:


O raciocínio é ridículo? É, mas o post é meu. Não gostou? A mão na sua cara! E um Roundhouse Kick do Chuck no nariz!
Agradecimento ao menino modes pela breve revisão

4 comentários:

Boi disse...

Filho, acho que a restrição tenderá ser maior mesmo com o lobby imenso. Tanto é que na maioria dos países minimamente sérios, não é permitido beber no meio da rua. Aqui ainda é.

O caminho acho vai ser o mesmo. Primeiro só em lugares fechados, depois só em casa, depois em lugar nenhum. Bebida vai ser considerada droga.

Se eu não tiver morrido até lá, viro gangster e fico rico contrabandeando do Paraguai ou de outro país sem lei.

Modes disse...

Gari, o nosso nostradamos! Mais uma de suas previsões que com certeza vingará. Boizão, conta comigo na sua gangue... sabia que o dinheiro que meu pai gastou comigo no judô não seria em vão!

Ronaldão disse...

Sou a favor da campanha do cigarro porque não existe coisa mais chata que uma fumaça em sua direção.

Gari, sobre as blitzes da lei seca, por mais que nós bebemos e dirigimos, é consenso que um motorista que bebe se torna um perigo à vida alheia.

Acredito que restrições devam ser feitas, sem radicalismo, quando algo é prejudicial à vida (ex.: bebida + volante).

E vejo o Brasil como seguidor de tendências internacionais. A próxima restrição, que não acredito ser tão cedo, deve ser mesmo de beber somente em lugares fechados. Que pena!

Gari disse...

Ronaldão, eu disse no post "Não estou entrando no mérito se essas são campanhas válidas ou não, estou apenas citando que a liberdade era maior". Concordo que beber e dirigir é perigoso.