segunda-feira, 31 de maio de 2010

E o Prêmio "Mão na Cara" mês de Maio vai para...

Os deputados e senadores que votaram a favor do aumento de 7,72% para aposentados e pensionistas.

Nada contra os velhinhos da Lú da Malu, mas esquecer da inviabilidade técnica de um reajuste dessa magnitude para aprovar essa medida provisória com o objetivo único e exclusivo de ganhar projeção em ano eleitoral demonstra uma falta de compromisso e amadorismo incrível com a questão da previdência e com as finanças governamentais.

Por isso a mão na cara dos deputados e senadores, em especial o "líder" sindical deputado Paulo Pereira (PDT - SP) e do líder do governo no senado Romero Jucá (PMDB - RR), principais lobistas dessa aprovação.

5 comentários:

Gari disse...

Com a mão na cara de tanta gente ao mesmo tempo, melhor fazer fila e sair distribuindo a mão! No estilo "passatempo" do Gil Brother.

Boi disse...

O páreo foi duro esse mês. Quem merece mais a mão na cara? Por uma lado, tem os deputados, que fizeram essa lambança populista e deixaram o Lula em uma sinuca violenta: qual veto teria menos impacto em ano eleitoral? A aumento para aposentados ou ofim do fator previdenciário? Por outro lado tem o próprio Lula, com a lambança populista/ideológica(?) do acordo com o Irã, que colocou o Brasil no centro das atenções mundiais como uma país de diplomacia ingênua e despreparada?

Esse mês a disputa foi foda mesmo...

Modes disse...

"Amadorismo incrível com a questão da previdência"!

Putamerda

Lu disse...

Bom, já que eu fui citada, me sinto na obrigação de comentar!

Eu amo os velhinhos mesmo, e acho que eles têm sim o direito de receber uma aposentadoria por todos os anos que eles trabalharam e contribuíram para a previdência. Aposentadoria e BPC, caso eles tenham renda familiar per capita inferior a 1/4 do salário mínimo, porque nem a todos foi dada a oportunidade de trabalho durante a idade ativa.

Esses benefícios geraram uma redução da pobreza e da extrema pobreza não só dos beneficiários diretos mas também daqueles indiretos, as pessoas com quem os idosos coabitam e compartilham sua renda.

Só que eu NÃO defendo o formato desses benefícios. O benefício no valor de um salário mínimo (como é o caso do BPC) é realmente muito elevado, sobretudo quando levamos em consideração o valor do benefício do Bolsa Família.

Muito pouco da queda na desigualdade brasileira pode ser explicada pelas mudanças referentes aos idosos. O fato é que a renda média per capita da população idosa tem aumentado com relação à média da renda per capita nacional, justamente devido ao aumento dos benefícios aqui citados, fato esse que resulta em uma contribuição contrária à queda da desigualdade total.

"Atualmente, adquire importância substantiva o fato de que o percentual de idosos pobres e indigentes é muito menor do que aquele observado para a população total, e grande parte disso deve-se ao amplo e benevolente sistema de seguridade social brasileiro no que diz respeito a esse segmento populacional em particular. Exatamente por isso, chama a atenção o fato de que o aumento da proporção de domicílios com idosos exerça uma pressão no sentido de aumento da desigualdade, pelo fato desses arranjos terem posição muito privilegiada na distribuição das rendas domiciliares no Brasil" (FRANCO, 2009) - Gari, essa foi em sua homenagem!

Portanto, Dentão, estou contigo e não abro!

Gari disse...

Que isso hein Lu! Sabia que FRANCO (2009) sabia o que escrevia, já falava dessa referência desde os idos tempos de demografia ne, mas vc não acreditava, fazer o que?